quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

CAMPANHA MUNDIA CONTRA FOME


Igreja do Brasil enfrenta o problema da fome e da pobreza




 
Por Assessoria de Imprensa - POM  10 / Dez / 2013
Na celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, nesta terça-feira, 10, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira, em consonância com a Cáritas Internacional, realizaram o lançamento da campanha "Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas". O lançamento aconteceu na sede da CNBB, em Brasília (DF) e se prorrogará até 2015, com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a realidade da fome, da miséria e da desigualdade. Em várias partes do mundo e no Brasil, pessoas ainda são privadas da alimentação adequada e de qualidade que é um direito humano.
Participaram do lançamento o geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, o presidente da Cáritas Brasileira dom Flávio Giovenale e a diretora executiva nacional da Cáritas Brasileira, Maria Cristina dos Anjos. O ato contou com representantes de várias instituições como a CRB Nacional, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e o Fórum de Mudanças Climáticas.
Durante o lançamento, foi exibido uma vídeo-mensagem do papa Francisco, incentivando a Campanha da Cáritas. “Estamos diante do escândalo mundial de cerca de um bilhão de pessoas que ainda hoje passam fome. Não podemos virar as costas e fazer de conta que isto não existe. O alimento que o mundo tem à disposição pode saciar todos”, disse o pontífice.
Em uma breve palestra, o representante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Irio Luiz Conti, apresentou dados alarmantes. No Brasil, são mais de 16 milhões de pessoas que passam fome, e mais da metade dessas pessoas vivem na região nordeste do país.
O secretário geral da CNBB, dom Ulrich Steiner revelou o que a Conferência espera dessa campanha: “um olhar aberto, uma generosidade, uma partilha para que pessoas não necessitem passar fome, muito menos morrer de fome. Faremos uma coleta no futuro para solidarizarmos cada vez mais com as pessoas que passam fome”, disse. O secretário falou ainda sobre a relação da oração do Pai Nosso com a campanha. “A oração do ‘Pai Nosso’ sempre nos abre para a dimensão da família humana, família de Deus. O Pai é pai nosso e o pão, ‘nosso’. O Pai Nosso nos leva a partilhar a nossa vida, nossa existência”, afirmou.
Para a diretora executiva nacional da Cáritas, Maria Cristina dos Anjos, é fundamental um processo de escuta das comunidades sobre a realidade de pobreza e desigualdade no Brasil. “Saber como as pessoas estão percebendo isso, quais são as dificuldades que estão sendo enfrentadas, que sugestões elas fazem para os seus locais”, destacou. “É um material importante porque a partir dai poderemos dialogar  com os governos, com a própria Igreja que  também tem realizado muitas ações, mas se faz necessário escutar as bases”, completou.
A diretora afirmou ainda que a Cáritas tem também como proposta apresentar à sociedade o que a Igreja tem feito para enfrentar essa realidade de pobreza. "Muitos grupos, diversas pastorais realizam ações e precisamos explicitar isso, demonstrar que a Igreja no Brasil tem feito muito", narrou. Outra preocupação, conforme acenou a secretária, está relacionada com a situação do Haiti e um dos gestos concretos desta campanha deverá ser em favor dos haitianos. "Queremos muito continuar apoiando as ações no Haiti e o assunto será aprofundado na Conferência dos Bispos em Aparecida", ponderou.
Fonte: CNBB e CRB Nacional /

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