domingo, 14 de dezembro de 2014

Promover a consciência da missão universal nas famílias, como Igreja doméstica e despertando vocações missionárias comprometidas com o anúncio do Evangelho e a favor da vida. Este é o objetivo dos grupos das Famílias Missionárias, uma das atividades da Propagação da Fé (POPF), Obra Pontifícia que realiza neste final de semana, dias 11 a 14, em Brasília (DF), a sua VII Assembleia Nacional.
O encontro acontece na sede das POM e reúne coordenadores estaduais da Juventude Missionária (JM) e representantes das Famílias Missionárias e Idosos Missionários.
O casal Elaine Dantas e Randenclecio de Souza Xavier veio de Natal (RN) e lembra que o projeto das Famílias Missionárias ligadas à POPF surgiu em 2012 com a formação de uma equipe composta por sete casais representando as macrorregiões do Brasil. Segundo Randenclecio, “a caminhada é de muitos encontros, formações, sonhos e experiências missionárias com as famílias. Agora vemos que o projeto vem se concretizando”. Elaine, por sua vez, destaca que estão felizes por verem que a atividade está criando forma. “Já aqui na
 
Assembleia podemos perceber a abertura dos coordenadores da Juventude Missionária e também dos Idosos Missionários no desejo de se concretizar e se expandir em todo território brasileiro. Queremos que as famílias vivam a missão e sintam esse carisma da Obra”, reforça ela.
As Famílias Missionárias surgem como resultado da caminhada da IAM e da JM. “Como fruto desse processo, nos encontramos na expectativa da finalização, já no primeiro semestre de 2015, do nosso subsídio de orientação para a implantação e vivência dos grupos que começam a aparecer em alguns estados”, complementa Randenclecio e adianta que o texto inclui metodologia, identidade e perfil dos grupos animados pelas POM e é fruto de reflexões que já acontecem nos grupos.
O secretário nacional da POPF, Guilherme Cavalli, salienta que, “a partir desse subsídio, os grupos de Famílias Missionárias continuarão o trabalho para despertar ainda mais a vocação missionária no anúncio do Evangelho aqui e além-fronteiras, a partir da Igreja doméstica”. Para haver um trabalho de unidade e comunhão, os grupos de Infância, Adolescência e Juventude Missionária, são convidados a propor às suas famílias a vocação missionária.
 
Idosos Missionários
Não há idade para a Missão. Outra atividade da Obra da Propagação da Fé é o trabalho com Idosos Missionários, que está apenas começando. Dona Maria Rufina é da cidade de Lagarto, a 300 km de Aracaju (SE). Ela participa da Assembleia da Obra pela segunda vez e conta como iniciou dois grupos de Idosos Missionários. “Minha filha Josefa Jesus Nascimento, participava da IAM e depois da Juventude Missionária. Em 2011 ela voltou de um encontro e me disse que tinha uma proposta boa para mim e falou dos Idosos Missionários. No ano seguinte, o padre Marcelo Gualberto, então secretário da POPF apresentou o projeto e começamos dois grupos em Lagarto”. Maria Rufina explica que os grupos seguem o mesmo carisma e metodologia da IAM e da JM, com espaço para oração, dinâmicas de integração, ações em realidades missionárias e visitas aos idosos que têm dificuldades em sair de casa. Além disso, no Mês das Missões fazem visitas ao asilo e as duas unidades da Fazenda da Esperança. “Os grupos são bastante fieis e mesmo na minha ausência, agora que estou em Brasília na Assembleia, eles se reúnem e seguem trabalhando”, relata com satisfação.
 
Os encontros são realizados na sede da Associação do Clube de Mães em parceria com a Pastoral do Idoso. Segundo ela, participam dos grupos cerca de 40 pessoas e já planejam formar um terceiro grupo na paróquia Santa Luzia. “Quando a gente bebe da água boa nunca mais quer deixar. Vendo as coisas ruins que acontecem na família a gente fica até deprimida, mas é só se reunir e partilhar a vida que tudo fica mais leve”, testemunha Rufina e confessa: “eu não sei viver sem grupo”. A maioria são mulheres que rezam pelos missionários, vivem sua fé na solidariedade com os idosos e fazem uma coleta em favor das missões com o mesmo cofrinho da IAM. “Nosso objetivo é trabalhar com as pessoas em nosso meio, mas também ir ao encontro dos mais distantes e necessitados. Isso é missão”.
Com 57 anos, Rufina utiliza o WhatsAp para contatos. Ela conta que um padre de Pirambu, cidade vizinha de Aracaju, acaba de lhe enviar uma mensagem convidando para iniciar um grupo em sua paróquia.
Neste sábado, 13, pela manhã, padre Maurício Jardim, da arquidiocese de Porto Alegre (RS) e missionário em Moçambique por três anos, apresentou um itinerário para a formação do discipulado missionário. Em seguida, organizados em grupos, os 30 participantes da Assembleia debateram o roteiro e fizeram suas contribuições.
 
A programação encerra no domingo, 14, com o planejamento para 2015 e uma celebração de envio.

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