quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Violência urbana 
é a maior preocupação dos jovens ibero americanos
Os jovens são o futuro da nação. Essa afirmação é uma das maiores verdades da humanidade, já que serão os mais jovens a tomar as rédeas do mundo, refazendo um ciclo natural da vida humana. Contudo, será que os jovens estão sendo ouvidos por aqueles que estão hoje no poder e fatalmente serão substituídos por esses mesmos jovens?
Reprodução
Tendo em vista essa preocupação, a de ouvir a juventude, a Organização Ibero-americana de Juventude (OIJ), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Coreano, realizou a 1ª pesquisa Ibero-americana de Juventudes, ouvindo mais de 20 mil jovens, entre 15 e 29 anos, em 20 países.
Pesquisas parecidas já haviam sido feitas, contudo, essa é a primeira a ser realizada fazendo um paralelo entre os países da América Latina e a Península Ibérica. Segundo Severine Macedo, presidente da OIJ e Secretária Nacional de Juventude da Presidência da República do Brasil, essa é uma pesquisa ousada. "O estudo é ousado por sua dimensão internacional: ele é o primeiro a permitir comparar as opiniões de jovens de 20 países diferentes sob uma metodologia de pesquisa comum. Além disso, se propõe a medir as expectativas dos jovens, suas percepções sobre a realidade e suas esperanças, sendo assim um complemento importante aos índices tradicionalmente mensurados, como escolaridade, emprego, renda, entre outros. Apesar de muito importantes, os indicadores tradicionais são frios, incapazes de matizar subjetividades, projetar anseios”.

Segundo dados da pesquisa, a maior preocupação entre os jovens dos países pesquisados, 33%, é em relação à violência urbana, seguido pela preocupação em relação às drogas e alcoolismo, com 20%, e o desemprego, com 16%. A pesquisa mostrou que um a cada três jovens ouvidos relatam a presença de gangues em seus bairros, e que são os jovens brasileiros que mais relataram ter presenciado brigas com armas de fogo ou facas.
Outras questões, como o aborto, matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, legalização da maconha, a abertura para imigrantes e a pena de morte também foram pesquisadas, mostrando a opinião dos jovens ibero-americanos. Segundo o estudo, os brasileiros têm opiniões mais liberais em relação aos temas, enquanto que os mexicanos e os jovens dos países andinos tendem a ter uma postura mais conservadora.
Luis Alberto Moreno, presidente do BID, diz que o principal desafio que esse trabalho apresenta para os organismos internacionais, os governos, o setor privado e a sociedade civil, é o de interpretar as mensagens dos jovens e criar respostas institucionais efetivas.

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