quarta-feira, 1 de julho de 2015

Grito dos Excluídos propõe diálogo social e religioso


O Grito dos Excluídos, que acontece anualmente no dia 7 de Setembro em todo o Brasil, chega a sua 21ª edição. Em 2015, o lema chama a atenção para a situação de violência que vitimiza, sobretudo as juventudes das periferias, bem como, alerta para o poder que os meios de comunicação exercem na manipulação da sociedade.
O Grito questiona “Que país é este que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”. Mais uma vez o tema do Grito aponta para a perspectiva da “Vida em primeiro lugar”, uma exigência do Reino de Deus.
A proposta do Grito surgiu da esperança e do espírito profético dos cristãos que, aliados aos movimentos sociais, buscaram continuar pautando a reflexão proposta pela Campanha da Fraternidade de 1995, cujo tema era “Fraternidade e Exclusão”. 
Contudo, a missão profética sempre se renova porque, infelizmente, ainda temos situações que clamam o pronunciar-se das forças sociais sustentadas pelo compromisso com a dignidade da vida e da construção de um projeto popular para o Brasil.
Os debates da 5ª Semana Social Brasileira propondo outro Estado, compreendendo também outra sociedade, a sociedade do Bem Viver, insistiam neste viés propositivo, explicitado nos dez pontos da carta final do Seminário Nacional realizado nos dias 02 a 05 de setembro de 2013.
As intuições destes anos de caminhada continuam muito vivas e presentes para as forças sociais. Foram incorporadas por novos atores sociais com os quais somos chamados a dialogar.
Os tempos atuais exigem a atualização das metodologias sem que esta faça arrefecer o compromisso social e luta pelos direitos. A crise que o Brasil atravessa, que vai além da economia, cobra esta atitude. 
Neste sentido três ações são urgentes, sendo: Aprofundar o diálogo entre as pastorais e movimentos sociais, partindo de elementos que conjuguem forças, conteúdos e metodologias; favorecer o diálogo ecumênico e inter-religioso, mediado por ações concretas voltadas aos excluídos da sociedade; atualizar o mapa das nossas forças sociais, visto que as diferentes manifestações que vêm desde 2013. 
Neste sentido, se faz necessário unir os generosos e generosas nessa empreitada, um dos eixos que norteiam o Grito desse ano. Bem como denunciar e desmentir a mídia que defende os interesses das classes dominantes e exigir que o Estado assuma suas responsabilidades na garantia de direitos dos seus cidadãos e cidadãs.
Com informações Grito dos Excluídos
Fonte:www.pom.org.br

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